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Mais do que um ser presente no mundo – Toninho Aribati

Mais do que um ser presente no mundo
Sobre o tempo, há tempo pra tudo… Se parar pra pensar, foi se o tempo de coisas boas e serenas
como era sentar no banco de uma praça para ver o brilho do luar!De maneira lenta para observar as
transformações daquilo que foi um dia. Se comparado em épocas de outrora, vejo o presente na
velocidade da luz. Plasticidade é a nova palavra de ordem, o passado é passado, o futuro é o presente,
tão próximo de tudo e de si mesmo na velocidade de ir e vir. Tão presente como se fosse o mesmo
futuro. O que se conta é o aqui agora.
Tanto quanto virtual, tudo é presente: a guerra, cólera e as ações terroristas, pois que delas
resulta a morte de inocentes e a insegurança de seres humanos; os terremotos, os maremotos, o
furacão, alguns com nome interressante Wilma, emergindo cidades provocando destruição. È a fúria
dos fenômenos da natureza contra as mazelas ao meio ambiente.
Eu lamento, mas tudo è freqüente: a Ópera fantasma mostrando luta do bem combatendo o mau, a
desigualdade social, a negritude, cor è raça, tanto no sertão ou no coração da gente. A fome o espelho da
ignorância.
A guerrilha nas favelas, a globalização, a mundialização das mais ricas patentes, com a sua totalidade
na exclusão dos que são mais pobres. A dor pelo visto continua a mesma, atenuando o tempo,
alimentando a magnificência que corta a carne e desatina alma. Com tudo que há de ruim prevalece
o amor.
Veja a relva de cimento armado, o verde que arboriza as ruas! Foi coberto pelo outdoors , no chão o
manto preto mostrando o quanto é estético .-Dessa forma como a terra vai respirar ? O horizonte foi
encoberto pela arrogância dos monumentos modernos sempre na concepção de um ser mais alto que
o outro, no qual um frio sentimento demente a selva de cimento armado, coberta de nuvens poluentes
resultante do modelo industrial: que ingenuidade minha, na visão capitalista o primeiro mandamento, o
tempo é dinheiro. Gira-Mundo. Antigo mundo, rosas de plástico, cirandas e riquezas hereditárias, de
rainha e rei de arranha seus, horríveis imagens que vejo pela televisão, substituído a palavra
neutralizando o dialogo e os belos pronomes de tratamento.
Tudo aqui e tão solitário, vejo-me nessa multidão de cordões emaranhados, falsa liberdade de grades
invisível que nos confina em diferentes espaços.
E aqui estou eu, como os outros, preso em um apartamento por causa da violência urbana. A nossa
opção e estarmos rodeado de controle remotos. Estou com estresse! – Essa doença que está virando
moda. Logo que puder voltarei para interior. Quero acreditar que esse modismo ainda não chegou lá
para mudar aquela vida às vezes marota, de pessoas simples com residência de muros baixos. Lá hei de
falar com os visinhos. Ir à padaria aonde balcão largo e comprido. Na padaria São João vende – se de
tudo, até remédio para dor no corpo. Além de um delicioso pão, o mais saboroso da cidade, há mais
coisas que encontra aqui ou acolá, o jornal e algumas variedades para completar o almoço.
Agora me despeço! – comprei o que queria comprar e me vou … A grande diferencia aqui é que
de tempo -em- tempo ouço alguém me dar um Bom Dia. – Bom dia! Logo me vem outra pergunta:
Como vai o senhor!-E a família?-As coisas para os senhor está bem? È fantástico ouvir coisas assim!-
cujo “Homem é modelo do mundo”.
Aqui quero me desvincular um pouco mais desse tempo convencional dirigido pra ver tudo de forma
tranqüila, mais do que um ser presente no mundo. Igual todos vive aqui, a lei e confiar sem desconfiar
do próximo, ser mais solidário possível irmão não podem ser alheios, a consciência não se culpa o
lema desse povo é ter o suficiente para viver, assim é a minha cidadezinha do melhor minério de
ferro e outras pedras preciosas límpidas e pessoas de alma clara e um coração cheio de amor pra dar.

Toninho aribati

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