Minas de Minas
Minas, mina e minério.
Mecanismo? No início,
picareta e pá. Escravos, carroça
e burro para puxar a produção.
Caminho, estrada
e caminhão caçamba.
Dia e noite,
chuva ou sol, suor,
e os negros
de punhos fechados,
mal alimentados,
Jovens músculos definidos,
muque, homens de ferro…
(Aí já não é mais escravidão só do sistema).
Escavadeira, carregadeira,
demolidor de mistério.
Britador, triturador, transformador
(foi ele que transforma a montanha em pó).
Decantador, elevador,
erguendo os sonhos.
Mina, usina, classificador de minério:
Itabirito, Hematita, Pellet Feed,
Pellet ore e Blue Dort,

Sínter Feed dois.
Chute e silo lotando vagões.
Lá vai a 1146: TIC-TAC, TIC-TAC,
alimentando a ArcelorMittal
antes Belgo Mineira, em João Monlevade.
Acesita em Timóteo, Usiminas em Ipatinga e
Todo complexo Vale do Aço.
E ela segue em direção: a Belo Oriente; Naque; Governado Valadares;
Ribeirinha; Manteninha; Itabirinha; Resplendor; Baixo Guandu; Fundão entrelaçado.
Fadada até Tubarão.
De lá, a doce nave
se encarrega para o Japão e outros mercados.
(Vale ou não Vale, Vale? – Vale!)
Acirrado mercado que todos querem
esse pó preto, blue, que enrijece
o Ocidente e o Oriente.
O BRASIL, de vento em polpa
na trilha do progresso.
Ele sobe
e o Pico mais elegante
desce.
E eu,
lá da Rua Odorico Albuquerque,
(ou Catumbi – Bairro Campestre onde nasci
a observar. De bobo,
não havia nada… ( Toninho Aribati)

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