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Omissão – Toninho Aribati

Que País é este, governado por pessoas que politicamente se dizem
representantes do povo, mas que tratam o mesmo de forma tão
desprezível. Não levam nem em consideração as necessidades individuais
nem coletivas, que tangem o que é mais do que necessário para que
tenhamos uma vida mais digna. Parece-me ser o Brasil de uns poucos
muito ricos e de tantos outros muito pobres, avaliados como os piores
brasis que, se levarmos em conta na contingência do passar do tempo,
pouco se evoluíram, em relação ao mundo atual. Não é radicalizar, mas
ainda estamos vivendo em algumas partes desses piores brasis, um tipo de
regime império, misturado com a primeira república, homogeneizado com a
falsa democracia no uso da libertinagem, conduzida por um discurso que
tudo está nos padrões legais da nossa constituição vigente: a educação, a
saúde e moradia, tudo ao alcance de todos, o que não parece ser verdade,
ao caso que evoluímos pouco ou nada, ainda distantes daquilo que possa
ser mais humano.
A disparidade está presente em vários níveis, como, por exemplo, a fome,
a falta dos direitos básicos para uma sobrevivência, que infelizmente ainda
assolam alguns. O pior é quando vemos crianças andar, andar, a uma
distância incomum, enfrentando chuva ou sol, pra chegar à sua escola. Pelo
exaustivo esforço, já chegam exauridos, pelos percalços sofridos. O que me
deixa um pouco mais aliviado esses fatos que acontecem com freqüência
em outras cidades, a minha em que nasci e moro, deixou de existir por um
avanço em relação às medidas tomadas a favor dos mais necessitados.
Porém, meus caros leitores, nesta crônica poética que escrevo, venho
ressaltar a falta de cumplicidade, o descaso em função do desrespeito à
formação moral e ética, na prestação de serviços oferecida pelo estado à
sua população.
Imploramos por decência, prudência e compostura, por parte de quem nos
governa. E se nos falta tudo isso, é porque perdemos a condição de nos
indignar, aceitarmos as coisas como elas são e, com isso, transferimos ou
deixamos de lado os nossos problemas. Achamos mais fácil não agir e
pensar… Salvem-se quem puder?
Sob omissão do estado, fingimos não ver o que nos deixa às escuras do
próprio destino. O momento atual prevalece sobre todas as coisas quem
detêm o poder, não é mais essencial a devida autoridade. Porém, vindo de
quem vem, já não mais surpreende a forma como são tratadas as nossas
necessidades. Nesse caso, o fato ao qual me refiro faz menção Ã
administração de cada gestão do governo.
Há poucos bons exemplos para s
qualificação, a qual o setor privado tanto requer. Quando está contratando
alguém, logo quer saber com muita clareza qual é a eficiência produtiva do
indivíduo que pretende contratar para ocupar um espaço no mercado de
trabalho, é ser submetido a uma boa triagem, para ver se realmente é
capaz de exercer ao cargo pretendido.
Para os especialistas nesse assunto, não necessariamente na ordem, vão
dar treinamento, ensinando todos os quesitos básicos na formação da sua
especialidade, no sentido amplo para obtenção de um bom profissional.
Quando muito, atenção, na busca constante de boas informações: vontade,
cumplicidade, respeito mútuo, espírito de liderança, na idealização de um
ótimo perfil. Um disseminador de conhecimento, ou seja, deixando legados.
Com tudo que vivenciamos fora as catástrofes, as filas de esperas, os
acúmulos de muitos processos nas varas judiciais para serem julgados,
com tanta espera, remetem a sensação de impunidade. E quando acontece
um julgamento justo, o tempo já diluiu a esperança, por parte daqueles
que esperavam por justiça em tempo hábil. Ah! Doído ver um cidadão,
cidadã, até mesmo uma criança, morrer na fila à espera de um
atendimento médico.
De outra forma, ver um jovem perder os sonhos, por falta de incentivo,
como, acesso a uma boa educação. O cidadão ir a uma delegacia pra
registrar um boletim de ocorrência sobre aquilo que o agride, muitas vezes
não tem a quem recorrer, a não ser quando repercute na mídia, com o
sofrimento extremo pelas ações sofridas. Contudo, surge uma luz nesse
túnel de escuridão. No exercício de cidadania, o povo está ganhando
aliados da imprensa, como os jornais, as emissoras de rádios e, por fim,
televisão, mostrando as tristes imagens.
Portanto, quem diria. Presenciar denúncias formuladas pela emissora de
telecomunicação, Rede Globo, em horário nobre, como o programa aos
domingos, o Fantástico, apresentado por Patrícia Poeta e Zeca Camargo,
que têm levantado temas de suma importância, muito tristes em alguns
casos, mas dando a dimensão para que todos vejam as mazelas que
ocorrem em algumas delegacias de polícia desse país. E eu queria ter livre
e atendido o acesso ao meu direito de registrar uma mera ocorrência, sob
tantos fatos já ocorridos.

Toninho Aribati

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